Aluno: Paulo Philomena Melo
Escola de Educação especial Nazareth - APAE/POA-RS
Turma da Comunicação
Professora Respnsável: Márcia Pieretti
Direção: Maria Elisete Bueno
Coordenção: Pedagógica: Jacira Majevsk
Paulo Philomena, 34 anos, tem a agenda cheia: participa de competições de basquete, faz apresentações como vocalista de uma banda, viaja com frequência e cuida das atualizações do blog da escola. O detalhe é que Paulo é um dos alunos atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Porto Alegre, entidade que completa 50 anos de fundação nesta quarta-feira e que está promovendo uma série de eventos comemorativos até o final do ano.
Paulo frequenta a maior unidade da Apae na Capital, a Escola de Educação Especial Nazareth, que trabalha para inserir na sociedade 261 pessoas com deficiência de todas as idades. Ele é um exemplo de que o objetivo traçado pela entidade é alcançável. Nestes dias de festa na Apae, Paulo está cheio de planos. Um deles diz respeito ao blog Galerinha da Nazareth, do qual é um dos coordenadores:
— Quero preparar no blog uma homenagem aos alunos mais antigos, mostrando onde eles estão — anuncia.
A mãe, Maria Regina Philomena, 56 anos, celebra a envolvimento e a independência do filho. Ela conta que a iniciativa do blog, lançada há dois anos, teve um impacto tremendo na vida de Paulo. O rapaz desenvolveu habilidades com computadores, tornou-se um pesquisador de tudo o que diz respeito à informática e assumiu compromissos:
— Ele sabe que os outros estão acessando e está comprometido com que tudo saia prefeito, sem nenhum erro. O site criou nele um grande senso de responsabilidade. Ele se sente útil — diz Maria Regina.
Engajamento das famílias é fundamental
Há quarenta anos, os Philomena são uma das famílias que ajudam a manter vivo o sonho da Apae. O engajamento começou com um irmão de Maria Regina, atendido pela instituição. O pai dela, avô de Paulo, já presidiu a associação. Graças a esse tipo de trabalho, a Apae de Porto Alegre tornou-se referência em serviços de educação (infantil, fundamental, profissional e EJA), de assistência social e de esportes e recreação para pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Dos atendidos, 70% entram no sistema por meio de convênios com órgãos da prefeitura ou do Estado.
Hoje, com uma década de Apae, o grande objetivo de Paulo é conseguir espaço no mercado de trabalho. Ele já teve uma experiência de três anos como estagiário em uma empresa de festas infantis. Lembra com saudade do período em que fazia animação para crianças.
— Quero voltar a trabalhar de novo, em qualquer coisa — afirma, confiante.
Números da Apae
171 alunos nas unidades escolares em programas contínuos e permanentes
308 alunos nos programas de assistência social
2 mil pessoas com deficiência nos diferentes programas
Reportagem da ZH
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